O mar de Xaraés
O homem
pantaneiro, em sua simplicidade, acredita no mito do mar de Xaraés,
que explica ser a grande área inundada do pantanal um antigo mar que
foi secando e onde sobraram somente áreas alagadas, inclusive com
inúmeras baías de água salgada.
O homem pantaneiro nunca
perdeu o encanto mágico e acredita inclusive, que o “Arco-íris
transporta, para outros lugares, os peixes e as baías do Pantanal.
Tuiuiú do pantanal/Foto: Rico
A tristeza do Tuiuiú
Tem uma lenda conhecida, que explica A tristeza do jaburu, ave
símbolo do pantanal, mais conhecida como tuiuiú. As aves sempre
foram alimentadas por um casal de índios que, após a morte, foi
enterrado no local onde costumava alimenta-las. Os tuiuiús, em busca
de alimentos, ficam sobre o monte de terra que cobria os corpos do
casal, esperando que de lá saíssem algumas migalhas para
alimenta-los. Como isso não ocorreu, ficavam cada vez mais tristes,
olhando em direção ao chão. É por esse motivo que os tuiuiús parecem
estar sempre tristes, olhando em direção ao solo.
Pintura do artista plástico Daltro
Mãozão ou pai do mato
É
descrito como um bicho peludo, inicialmente assemelha-se a anta, em
seguida cresce vertiginosamente, transformando-se em um homem negro,
cabeludo e barbudo. Os crédulos afirmam que ao passar sua mão pela
cabeça de uma pessoa, esta ficará louca.
Apesar
do nome, o Mãozão não possui mãos grandes; elas, porem, são
extremamente poderosas , de onde resulta a denominação do
personagem.
Pé-de-garrafa
O
bicho Pé-de-Garrafa é um dos mitos mais conhecidos em Mato Grosso do
Sul. Descrito como um bicho homem, cujo corpo é coberto de pelos,
exceto ao redor do umbigo, dando a impressão de ter coloração
branca, ponto vulnerável ao mostro. Alguns afirmam que tem cara de
cavalo com um só olho no meio da testa, outros juram que tem cara de
gorila e, outros ainda, cara de cachorro. O fato é que a grande
maioria descreve o bicho como possuidor de apenas um pé (embora
poucos digam que ele tem dois pés), no formato de um fundo de
garrafa. Este fato faz com que se locomova aos pulos, como se fosse
um canguru, deixando no chão, um rastro com marca de fundo de
garrafa. Solta fortes assobios para comunicar que é dono do
território, podendo até hipnotizar aquele que se atreve a encara-lo.
A vítima é levada para sua caverna, onde é devorada.
Adaptado de:
http://www.educamor.net/cg/folclore_em_ms.htm